segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estressada...

A vida nos coloca muitos desafios e acabamos nos estressando, mesmo que de forma sutil e saudável, como uma preocupação, até a chegar a extremos.
Estou postando aqui a matéria que saiu este mês, junho / 2011, na Revista Nova, muito interessante.
Mas não se esqueça de perceber o que pode fazer para reverter o quadro, ao invés de contribuir com a comilança...

ESTRESSADA, EU?

PROBLEMAS DE PELE, DOR NA MANDÍBULA, E ATÉ CELULITE PODEM SER SINAIS DE QUE VOCÊ ESTÁ A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS.

O banheiro se enche de cabelo. A celulite dobra de tamanho. Sua barriga avisa que é preciso correr para o banheiro. E - tragédia! - uma cãibra atrapalha a transa. A causa dessa hecatombe? Sempre ele: o estresse. Esses e outros sintomas que não costumamos associar ao problema podem indicar que você está surtando. A probabilidade é grande: 70% da população sofre com algum grau de stress, segundo a International Stress Management Brasil (Isma-BR). As mulheres são a maioria. "Essa suscetibilidade se deve à soma de fatores biológicos e sociais", diz psicólogo Lúcio Emmanuel Novais, diretor da Associação Brasileira de Stress. De um lado, os hormônios femininos, que flutuam e interferem no funcionamento daqueles ligados ao stress. Do outro a pressão para sermos perfeitas em tudo.
Existem três tipos de stress. "O primeiro é o agudo, que surge quando sentimos nossa vida ameaçada", diz Dora Maria Grassi-Kassisse, farmacêutica do Laboratório de esutdos do Stress da Unicamp. O segundo é o emocional, que se confunde com o agudo. Ele se manifesta quando tememos que algo ruim ocorra. Aparece antes de situações que nos deixam ansiosas, como uma prova importante ou a espera pela ligação do gato. E há o stress crônico, que deixa o organismo desconfortável mesmo nenhuma pressão.
Há um fator comum entre o três: o aumento da produção de cortisol, hormônio que prepara a pessoa para reagier a situações de ameaça. Ela aumenta os batimentos cardíacos, enviando mais sangue para os músculos, deixando-os prontos para uma fuga. O problema é quando nosso corpo encara qualquer coisa como ameaça e o produz em excesso. Como o funcionamento dos hormônios parece acidente de motoboy - um se desequilibra e aparecem vários para dar apoio -, o cortisol não age sozinho. Ele atua em sintonia Ccom a adrenalina e a noradrenalina, potencializando sua ação, que também é a de deixar o corpo em alerta. Esse efeito cascata dispara vários sintomas menos óbvios. Todos podem ser sinal de stress, em qualquer um de seus três níveis. Aprenda a identificar alguns deles.

CELULITE: Ficar sob tensão também aumenta a celulite. Os hormônios liberados prejudicam a oxigenação dos tecidos. "Eles não conseguem eliminar as toxinas e ficam mais densos e endurecidos", diz a psicóloga Ana Maria Rossi, residente da Isma-BR.

CÃIBRAS: Mulheres estressadas têm o dobro de chance de apresentá-las, segundo estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. "O estresse afeta o organismo de diferentes formas", diz a psicóloga Armen Beatriz Neufeld, da USP. Uma delas é a dificauldade de absorver o potássio, insipensável para o equilíbrio muscular. Quanto menor a quantidade dele no organismo, maior o rsico de aparecerem crises.

DOR NA MANDÍBULA: O stress piora a tendência que a pessoa já tem de ranger os dentes durante o sono. E isso dói. "A dor também pode ser consequência do aumento na pressão da mastigação", diz Carmen. Ela é determinada pelo cérebro. Quando ele está inundado pelos hormônios do stress, perde a capacidade de clacular a pressão certa.

PESADELOS: Quando passamos pelas fases completas do sono, normalmente não nos lembramos do que sonhamos. Só é possível recordar-se quando despertamos durante a noite. Uma das causas pode ser a produção noturna dos hormônios do stress. "Estudos mostram que o conteúdo do sonho também é afetado, pois o organismo entende que está sob ameaça", diz Carmen.

GENGIVAS QUE SANGRAM: Uam pesquisa realizada na Universidade Federel de Minas Gerais mostra que pessoas stressadas apresentam um risco maior de desenvolver doenças periodontais. O hormônio cortisol enfraquece o sistema imunológico e deixa espaço para as bactérias atacarem a boca. Um dos problemas mais comuns é o sangramento.

ACNE, PSORÍASE, VITILIGO R COCEIRAS: Um estudo realizado pela Isma-BR revelou que 30% da populaçãodesenvolve algum problema cutâneo por causa do stress. Os fatores são múltiplos, mas envolvem o hormônio cortisol. Ele desequilibra a hidratação da pele, tornando-a muito seca ou oleosa. Uma pesquisa japonesa demosntrou que os estressados têm uma tendência duas vezes maior de desenvolver coceira crônica.

QUEDA DE CABELO: Em situações de tensão, além dos hormônios, o organismo libera outras substências. Entre elas, a proteína NGF. Ela causa inflamação, que pode matar os folículos onde nascem o pelo ou cabelo. A equipe de Dora Grassi-Kassisse avaliou o estado psicológico dos vestibulandos. Constatou aumentos dos níveis de stress dois meses antes do vestibular. "Os banheiros dos cursinhos ficam cobertos de fios", diz.

MANIAS: As manias que surgem en decorrência do stress têm causas diferentes daquelas produzidas pelo transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), distúrbio caracterizado pela repetição. "O estressado faz muitas vezes a mesma coisa porque perde a atenção", diz Dora Grassi-Kassisse.

ALERGIAS: Se a pessoa não tem tendência, não irá desenvolvê-las. Mas a tensão pode disparar unas espirros enrustidos. Os hormônios do stress estimulam a rpódução de uam proteína que dispara reações alérgicas. Também pode piorar uma alergia já existente. Um estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, comprovou isso. Os participantes tinham algum tipo de reação imunólogica, principalmente rinite. Tiveram de fazer uam apresentação para o grupode especialistas e resolver problemas sem papel e lápis, situação estressante para a maioria. Os sintomas pioraram.

DOR DE BARRIGA: O cortisol intensifica a ação de outros dois hormônios, a adrenalina e a noradrenalina. Esses, por sua vez, podem relaxar o esfíncter. Nem é preciso detalhar o que acontece... Trata-se de uma reação típica ao stress agudo, aquele ligado ao susto e à necessidade de sobreviver.

TEM SOLUÇÃO?
Cada situação de stress merece uma atenção diferente. Se estiver atrapalhando demais a vida, é melhor consultar um médico para tratar primeiro do sintoma. Em outros casos, um profissional deve ser procurado para cuidar do problema de forma mais ampla, agindo sobre o stress em si. Mas o melhor mesmo é tentar evitar essa praga. Como? Não existe uma receita pronta que sirva para todo mundo. Mas algumas atitudes podem ajudar.
- Pratique esporte. Você já deve estar careca (e não por causa do stress) de ouvir essa dca. Mas não tem jeito. É preciso se mexer. O movimento reduz a tensão musculare a liberação de cortisol. Mas cuidado para que isso não vire um motivo para surtar. Se você odeia nadar, ou malhar em academia, escolha outra coisa que lhe dê prazer. Mesmo que seja passear com o cachorro.
- Pratique a respiração. É aquela velha história: inspirar pelo nariz, jogando o ar no abdómen, e expirar fortemente pela boca, prestando atenção no ato.
- Faça aromaterapia, reflexologia, massoterapia... qualquer coisa para fugir da apatia. Escolha algo que ajude você a se sentir bem. O que não pode é ficar parada, esperando a situação melhorar.
- Tenha um hobby que faça você para de pensar nas coisas que a preocupam, mesmo que só por algumas horas por semana.
- Administre o seu tempo. Se disser para si mesma que vai sair da empresa Às 19 horas, faça isso. Para não perder mais meia hora naquela reunião chata de condomínio, deixe uma "chamada falsa" programada no celular. Assim dá para escapar.

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